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Setembro Amarelo: As dores e o suicídio

Por Felipe Zanetti – psicólogo e professor. É muito comum que o suicídio seja tratado como a pior das decisões humanas, sobretudo por ser algo que extermina a vida e as relações daquele que decide […]

5 de setembro de 2024 5:12 pm Destaque, Manchete

Por Felipe Zanetti – psicólogo e professor.

É muito comum que o suicídio seja tratado como a pior das decisões humanas, sobretudo por ser algo que extermina a vida e as relações daquele que decide pôr fim a sua vida. Ao contrário do que imaginamos, muitas pessoas, em algum momento, pensam na possibilidade de se afastar de suas dores, de seus problemas, de seus dilemas, através da morte, e na maioria das vezes tais pensamentos tendem a se tornar mais pesados se forem vividos na solidão, em silêncio.
Muitos problemas da vida, a depender de como interpretamos, podem ser motivadores para o desejo de morte voluntária. Por mais que determinadas situações possam parecer simples para uns, para outros a mesma experiência pode ser terrível e geradora de grande dor. Desemprego, fome, perdas, excesso de trabalho, falta de estrutura mínima de vida, sobrecarga familiar, e outras tantas questões, podem exercer tanto peso na experiência diária das pessoas que a morte lhes parece tentadora. Mas, será que não existem outras formas de solução para tais sofrimentos?
O que nos importa, olhando para formas de prevenir o suicídio, é poder colaborar para que as pessoas em sofrimento possam encontrar espaços de acolhimento e cuidado, boas relações humanas que possam ajudar a produzir novos olhares sobre os problemas, novas soluções possíveis sobre os conflitos ou, caso não haja grandes soluções, que as relações humanas possam prover um bom acolhimento para que as dores possam ser suportadas. Apenas falar sobre o suicídio não se mostra como preventivo, mas oferecer espaços acolhedores e compreensivos com as dores do outro, sim.
É fundamental ressaltar que existem várias formas de acolhimento e cuidado: podemos acolher como amigos, companheiros e cônjuges, como família; mas é possível um acolhimento e um cuidado profissionais, com pessoas preparadas para intervir em situações de desejo de morte. Uma dessas áreas de cuidado profissional é a psicologia.
Se sua dor – ou a dor do outro – está mais forte do que se possa suportar, ou se alonga tanto a ponto de levar a exaustão, um psicólogo(a) que atue na clínica pode ajudar você no manejo e na compreensão das suas situações. Não basta apenas medicar as dores para que elas desapareçam, é preciso cuidar daquilo que gera essa dor, para que uma melhor relação com a vida possa aparecer.
A psicologia não trabalha com “loucos”, ela trabalha com qualquer pessoa que esteja em sofrimento, em dúvida, e que precise de ajuda para repensar sua vida.

A Fatec Catanduva através do Projeto Vibrações proporciona o Plantão de Atendimento Psicológico que acontece às segundas-feiras das 18h às 20h, na sala S04 no prédio principal.

O Centro de Valorização a Vida – CVV atende 24h por dia pelo telefone 188.

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